11-12-2020

UNESCO aponta inclusão dos alunos em Portugal como um bom exemplo a seguir

O desafio de todos os países é não deixar que a pandemia desvie o curso

No mundo em que vivemos, "as crianças com deficiência têm duas vezes mais hipóteses de não ir à escola", advertiu Manos Antoninis, diretor da Global Education Monitoring Report, um organismo independente da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) que é responsável por analisar a situação da educação em todo o mundo.

 

No primeiro dia do simpósio internacional "Assegurar o Direito à Educação Inclusiva às Pessoas com Deficiência", organizado pela UNESCO, Manos Antoninis elogiou o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido em Portugal, salientando que "tem bons exemplos que devem ser repetidos por outros países".

Manos Antoninis falou depois do ministro da Educação português, Tiago Brandão Rodrigues, que defendeu que, agora, “o desafio de todos os países é não deixar que a pandemia desvie o curso” de promover o sucesso e equidade escolar.

O ministro sublinhou que o trabalho pela inclusão das crianças com deficiência em Portugal começou há cerca de 30 anos, em 1991, e hoje já há “97,5% de crianças e jovens com deficiência na chamada educação “mainstream”. Nesta missão, o “papel principal” é atribuído aos professores e educadores assim como a quem estrutura e implementa a formação dos professores na inclusão.

 

O secretário de estado da Educação, João Costa, que também participou no simpósio, acrescentou que depois de ter os alunos nas escolas, Portugal está neste momento a trabalhar no passo seguinte que é ter um sistema que integre as crianças para a verdadeira inclusão. Stefanie Giannini, a diretora-geral adjunta da Educação da UNESCO, recordou que a preocupação com a inclusão “começou com uma ideia muito simples: Não deixar ninguém para trás”.

 

Com a pandemia, a tarefa tornou-se muito mais difícil, lamentou, saudando “os professores que também estão na linha da frente”, à semelhança do que fazem os médicos nos hospitais. Tiago Brandão Rodrigues frisou ainda que os tempos atuais exigem uma atenção redobrada e que “O nosso desafio, enquanto Governos, não é apenas pensar em como não podemos deixar ninguém para trás, mas também como podemos impedir que os alunos abandonem a educação e as escolas”.

 

Fonte: Observador

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